terça-feira, 30 de outubro de 2012


O Homem Pantaneiro



O homem pantaneiro, foi um ponto que me chamou atenção nessa excursão. Ele vive em um contexto ambiental e social único. É um importante personagem que tem grande importância no desfecho deste enredo. O pantanal tem sido alvo de discussões do mundo todo, mas pense no papel histórico que tem este homem e no papel que o pantanal tem pra ele.

Ele vive o pantanal, uma pantanal real, não aquele teórico que encontramos nos livros.

O homem pantaneiro é considerado aquele habitante natural do Pantanal ou aquele que assimilou a cultura e vivência do local, compartilhando os mesmos hábitos.


“O Pantanal e o pantaneiro se completam e se integram, pois um precisa do outro para Sobreviver. Ele possui uma característica própria que é fundamental na configuração de sua

cultura, é um zoólogo, botânico, geógrafo, o verdadeiro conhecedor da natureza local “ (1)


Historicamente, o pantanal já foi território de diversas tribos indígenas e hoje a maioria de sua população descende de índios.

Com influência de muitas civilizações como nordestinos, bandeirantes, negros, paraguaios e bolivianos, etc, é formado um tipo humano bem característico.

A grande maioria destes homens trabalham para os proprietários de fazendas, homens de muito poder político e econômico na região.


Sua cultura é carregada de simbolismo, mitos e contos transmitidos de geração à geração  compondo a sua identidade cultural.


“Diferentes ritos, expressões, gestos, canções, crenças e vivências em contínuo trazem à

luz diferentes ângulos e matizes da cultura pantaneira, sua gente, sua forma de ser e fazer.

Dentro de uma perspectiva da valorização de sentido particular, ele evoca o universo cultural

pantaneiro, colocando o ser humano como um elemento essencial para a sobrevivência do

ecossistema.” (1)


Destaco então a importância de preservar essa cultura que aos poucos tem sido perdida devido às influências que tem sofrido, avanços tecnológicos, contato com turistas e outras culturas que podem levar a perca da identidade cultural desta região.


“O poder do laço territorial revela que o espaço está investido de valores não apenas

materiais, mas também éticos, espirituais, simbólicos e afetivos. É assim que

território cultural precede o território político e com ainda mais razão precede o

espaço econômico.” (1)


Para que não ocorra a extinção do homem pantaneiro devemos compreender o território do pantanal em sua totalidade, nos âmbitos geográfico, político, cultural, ambiental, entre outros.


Referências:

1. Artigo:  O Homem Pantaneiro e Atividades de Turismo:

Algumas Reflexões Sobre Cultura, Identidade e Territórios de Débora Fittipaldi Gonçalves, Marina Evaristo Wenceslau e Daniela Sottili Garcia
2. Livro: Era verde? Ecossistemas brasileiros ameaçados de Zysman neiman


Apresentação e Metodologias

Quem somos? 

O grupo Talus, foi composto por estudantes da Universidade Estadual Paulista que tiveram a oportunidade de participar de uma deslumbrante excursão para o Pantanal-Sul-Matogrossense em setembro de 2012.
Composto por sete integrantes, que juntos realizaram as atividades propostas durante a excursão, com total de sete dias.

Os componentes do grupo Talus são

  • Thabata Rodrigues de Carvalho
  • Ramon Peres Brexó
  • Daiane Polezel 
  • Marina Rodrigues de Abreu
  • Juliana M. F. Vieira
  • Caio Zamuner
  • Leandro Leão
  • Francisco Queiroz
Objetivo da viagem

Essa viagem faz parte do cronograma de atividades da matéria de Ecologia de Populações da universidade, ministrada pelo Prof°. Dr. Harold Gordon Fowler. O objetivo da viagem é de aproximar os alunos de graduação ao ambiente, clima e dinâmica das espécies em seu habitat natural, explorando o bioma pantaneiro rico em diversidade, ressaltando a importância da preservação e investimentos em estudos ecológicos para a manutenção e recuperação das regiões tão amplamente antropotizadas. Além da questão de racionalização das questões que envolvem essa região, esta viagem vincula questões práticas de levantamento de fauna, tornando real as questões teóricas abordadas em várias grades curriculares da graduação.

Metodologias 

Durante todo o período de coleta de dados (levantamento da fauna, vegetação e condições climáticas do local) utilizamos algumas metodologias básicas descritas a seguir:

Metodologia do Transecto motorizado:

 Percorremos trechos de estradas, utilizando-se de um ônibus como meio de transporte, durante o trecho registramos as cordenadas final e inicial em UTM, o tempo de realização do percurso,  as espécies observadas e a quantificação de indivíduos por espécie, estes dados foram separados em direita e esquerda, sendo que os da direita correspondem aos indivíduos vistos à direita do ônibus e da esquerda os vistos à esquerda.

Metodologia do Transecto a Pé:


Percorremos trechos de estradas a pé registrando as espécies observadas bem como o número de indivíduos de uma mesma espécie e descrevendo vegetação e condições climáticas. A cada uma hora de percurso paravamos para fazer um ponto fixo de 10 minutos.

Metodologia do Ponto Fixo: 


Consiste em pararmos em um ponto geográfico por 10 minutos e observarmos a vegetação, a fauna e as condições climáticas presentes neste ponto descrevendo suas características.

Metotodologia do Experimento com as formigas:


Durante cada ponto fixo, realizamos também experimento com formigas, este experimento consiste em colocar tubos de ensaio com pedaços de salsicha dentro a cada 10 metros, cinco tubos de cada lado da estrada.
Deixar por 10 minuto, com um termômetro e retirar tampando com algodão e etiquetando com a localização, data, hora e temperatura.

Metodologia da Chalana


No último dia da excursão, fizemos um transecto motorizado cujo transporte utilizado foi uma chalana, assim percorremos um braço do rio Miranda (Corixo São Domingos) descrevendo a vegetação observada e identificando as espécies da fauna.



Conclusão

Terminadas as cansativas atividades deste campo, podemos concluir que ainda há muito o que se explorar fora dos perímetros da universidade, há muitas lacunas no meio acadêmico necessitando de profissionais dispostos a enfrentar barreiras e aplicar de forma consciente tudo aquilo que é oferecido nas aulas, cursos e palestras. Além das questões teórico-práticas, podemos dizer que a melhor experiência foi ter contato com um Brasil maravilhoso, com espécies nunca antes vistas por nós. São belezas que poucos brasileiros têm a oportunidade de desfrutar e que de forma construtiva fomos capaz de desfruta-las. Desejamos um dia poder contar com a ampla conscientização do valor bio-ecológico que cada espécie apresenta, ressaltando a necessidade do equilíbrio entre as espécies, característico para a nossa sobrevivência.



Publicado por Thabata Rodrigues e 
Ramon Peres Brexó

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fauna Pantaneira

A fauna pantaneira é de uma riqueza  incalculável, e talvez uma das mais expressivas do planeta! Dentre as inúmeras espécies observadas durante os trajetos e trechos, podemos ressaltar a grande variedade de aves registradas.

Cavalaria (Paroaria capitata)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Carcará (Caracara plancus)
      Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Carcará (Caracara plancus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Curicaca (Theristicus caudatus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Voo do Tuiuiú (Jabiru mycteria)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Quero-Quero (Vanellus chilensis)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Tucanuçu (Rhamphastus toco)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Tucanuçu (Rhamphastus toco) se alimentando, na fazenda San Francisco próximo a Miranda -MS
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Athene cunicilaria (Coruja-buraqueira )
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Tachã (Chauna torquata)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Arara-Azul-Grande (Anodorhynchus hyacinthinus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Arara-Azul-Grande (Anodorhynchus hyacinthinus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Neinei (Megarynchus pitangua)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Gavião-Cabloco (Heterospizias meridionalis)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Pica-Pau-Branco (Melanerpes candidus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

  
Tuiuiú (Jabiru mycteria)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Tuiuiú (Jabiru mycteria)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Tuiuiú (Jabiru mycteria)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Jaçanã (Jacana jacana)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

  
João-de-barro ( Furnarius rufus)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Ema ( Rhea americana) na fazenda San Francisco prómimo a Miranda-MS
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Martim-pescador-grande (Megaceryle torquata)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Martim-pescador-grande (Megaceryle torquata)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Vôo do Gavião Belo (Busarellus nigricollis)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Saracura-três-potes (Aramides cajanea)
                                        Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Gralha-picaça (Cyanocorax chrysops)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Busarellus nigricollis (Gavião-belo) na margem do Corixo São Domingos - um braço do Rio Miranda
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Garça-moura (Ardea cocoi)  
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Anhinga anhinga   (Biguatinga)
-Margem Corixo São Domingos-
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Gavião-belo (Busarellus nigricollis )   
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Gavião-belo (Busarellus nigricollis) capturando uma piranha (Serrasalmus natterer)
-Corixo São Domingos-
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Além de aves, pudemos observar algumas espécies de mamiferos. Segundo a Embrapa Pantanal, existem 93 espécies de mamíferos na planície pantaneira, sendo 53 destas, mamíferos de pequeno porte. 

Pegada de Onça (observada na beira da estrada)
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

Cervo-do-pantanal (Blastocerus dhicotomus )   
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Ariranha (Pteronura brasiliensis )   
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris ) atravessando a estrada.
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



Embora não tivemos a proeza de registrar em fotos, parte do grupo, pode observar um Tamanduá Mirim (Tamandua tetradactyla) em um dos trechos.Esse mamífero é relativamente difícil de ser avistado, e esse fato pode-se agregar a sua categoria como ameaçado de extinção.


Outros animais muito frequentes durante nos trajetos, em especial no trecho próximo ao Complexo Passo do Lontra - MS, foram o Jacarés, em sua maioria, Jacaré-do-Pantanal (Caiman yacare) .


Caiman yacare
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense

 Jacaré-do-pantanal ( Caiman yacare ) na margem do lago 
Ficamos surpreendidos com a quantidade!  
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense


 Jacaré-do-pantanal ( Caiman yacare 
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense



 Jacaré-do-pantanal ( Caiman yacare )  
Foto de Marina Abreu - tirada no Pantanal Matogrossense






Publicado por Marina Abreu

Pantanal Matogrossense: um ecossistema brasileiro ameaçado


Pantanal Matogrossense:


Um ecossistema brasileiro ameaçado



(foto: Marina Abreu, tirada no Pantanal Matogrossense, Outubro de 12)


Considerado um dos maiores paraísos ecológicos do Brasil pelos que o conhecem, há algum tempo tem-se chamado a atenção do país quanto à conservação.
 
O pantanal é uma das maiores planícies de inundação do mundo, No Brasil ocupa cerca de 125 km², sendo 250 km de largura em seu eixo menor e cerca de 500 km de sul a norte em seu eixo maior.
 
Seu relevo é constituído de uma depressão complexa onde há diversos leques aluviais que ainda recebe rochas sedimentares da bacia do Paraná. Rios vindos de leste, sul e sudeste se juntam na margem esquerda do Alto Paraguai, desta forma constitui uma imensa área alagada. Este alagado foi chamado pela tradição popular de língua portuguesa arcaica de Pantanal.
 
Ciclos de cheias e vazantes tornaram o pantanal um ecossistema com características próprias formado pela junção de diferentes ambientes.
 
Essa combinação de ambientes, teve como consequência a grande riqueza de espécies que abriga.
 
Devido aos depósitos trazidos pelos rios, forma-se um ambiente bastante rico em nutrientes.
 
Sua vegetação possui traços de outras áreas do país, comumente observamos espécies típicas de cerrado, também é comum encontrar espécies aquáticas, devido às cheias como também matas ciliares ao longo dos cursos de água, sendo essa vegetação abrigo de muitas espécies de aves.
 
A riqueza da fauna é impressionante, o pantanal possui muitas espécies representantes de diferentes grupos, chama-se atenção especial à alguns mamíferos ou aves dos quais estudos apontaram como ameaçados de extinção devido à terem seus habitats destruídos em outras partes do Brasil.
 
Podemos citar alguns mamíferos que são encontrados na região, o que juntamente com as aves tem sido um importante elemento para atração de turistas como, a onça, o cervo do pantanal, a capivara, a ariranha, o queixada, o porco espinho e o tamanduá bandeira.
 
Essa natureza exuberante traz consigo uma história de devastação e utilização de seus recursos de maneira insustentável.
 

Impacto Antrópico

Embora a natureza seja marcante e a idéia de preservação tem sido adotada pela comunidade local, visto que a um crescente interesse econômico envolvido na questão, podemos observar o forte impacto da agropecuária, do plantio de monoculturas e da defaunação, que a tempos tem sido catastrófica para este ambiente. Na agricultura podemos observar monoculturas de Eucalyptus sp, embora existam outras como a soja. As monoculturas se plantadas de maneira incorreta podem levar ao assoreamento dos rios.
 
O desmatamento visando aumentar áreas de plantio e de pastos tem limitado o habitat de muitas espécies que ficam vulneráveis a ação de predadores e caçadores ilegais.
 
Levando em conta estes problemas gostaria de apontar resumidamente algumas alternativas que tem se discutido.
 
Que se tenha maior fiscalização em relação à caça, um rigoroso controle em relação às substâncias químicas utilizadas na agropecuária, aplicação de técnicas de manejo natural sustentável, cuidados com a saúde dos gados e criação de alguns animais silvestres de interesse em cativeiro.
 
Buscando então, alternativas para redução desses impactos, e isto requer ainda muito estudo embora já se encontre alguns apontamentos nas bibliografias pouco se conhece sobre as espécies envolvidas e sobre esse ecossistema, além disso devemos buscar uma solução que seja o mais viável possível, visto que há grandes interesses políticos e econômicos envolvidos.


" Todo esse conjunto de problemas atuais e potenciais decorrentes da atividade humana nos planaltos e na planície, demonstra que as ações a serem implementadas numa bacia hidrográfica devem ser alicerçadas em estudos integrados, onde as relações de causa e efeito necessitam estar bem delineadas e aceitas pela sociedade."


 
 
Referências Bibliográficas :


·        Era Verde? ecossistemas brasileiros ameaçados
de Zysman neimam
·        Ecossistemas do Brasil; texto de Aziz Ab'Sáber.

Postado por Thabata Rodrigues de Carvalho
 
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


JACARÉ DO PANTANAL


Reino: Animalia

Filo: Cordado

Classe: Reptilia

Ordem: Crocodylia

Família: Alligatoridae

Gênero: Caiman

Espécie/Nome Científico: Caiman crocodilus yacare

Nome Popular: Jacaré-do-Pantanal, jacaré-piranha

Alimentação: Alimentam-se de peixes e outros vertebrados como capivaras, catetos e serpentes, também predam invertebrados como moluscos, insetos e crustáceos. Ao contrário das outras espécies sua dieta é mais influênciada pelo habitat que por seu tamanho.

Reprodução: O período de postura depende das chuvas que antecedem o mesmo. As fêmeas fazem os ninhos em vegetação próxima às margens dos corpos d'água e normalmente o guardam. O período de incubação é cerca de 70 dias, a postura é de 20 a 30 ovos.


Tamanho: Atingem entre 2,5 a 3 metros de comprimento.


(foto: Marina Abreu, tirada no Pantanal Matogrossense)


(foto: Marina Abreu, tirada no Pantanal Matogrossense)

Habitat: Durante a estação seca, os animais concentram-se nos ambientes onde a massa líquida é permanente (rios, corixos, baías, lagoas artificiais), ou permanecem enterrados no barro naqueles locais onde a água quase desapareceu completamente. Com a chegada da estação das chuvas e o surgimento de novas áreas alagadas, os animais iniciam um movimento de dispersão, ocupando diferentes ambientes aquáticos encontrados nesse período. São encontrados no Norte da Argentina, Centro-Sul do Brasil, Sul da Bolívia e Paraguai. No Brasil, a espécie tem larga distribuição na Bacia do rio Paraguai, sendo um animal muito comum no Pantanal dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

(foto: Marina Abreu, tirada no Pantanal Matogrossense)



Classifica
ção IUCN: Pouco preocupante - A espécie tem ampla distribuição e populações numerosas onde ocorre.

Para quem se preocupa com a caça de jacarés....

"Até o início da década de 1990, o maior problema era a caça clandestina. Cerca de um milhão de peles de jacarés da região eram vendidas por ano, principalmente para o exterior", comenta a especialista. Quando houve diminuição da demanda nos países que compravam a mercadoria - por conta de maior vigilância de grupos ecológicos - a caça predatória foi diminuindo e hoje é praticamente inexistente. Além disso, os compradores passaram a exigir "certificação" da pele, só adquirindo aquela de animais de criatórios, não mais da natureza.
(retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/como-esta-situacao-jacares-pantanal-504038.shtml, artigo: Os jacarés do Pantanal ainda estão em extinção?)

“A muito tempo atrás eram proibidos coureiros que matavam os jacarés atrás de couro e carne desses animais. Com isso veio um projecto do IBAMA de abrir a possibilidade de criar jacaré em cativeiro. A comercialização foi liberada para os criadores.
Devido a grande valorização do couro e carne o jacaré é um produto valorizado na industria nacional e internacional.”

"A criação de jacaré tem se consolidado como uma alternativa a mais para as fazendas da planície pantaneira que, se bem administrada, é altamente lucrativa", afirma o pesquisador da Embrapa Pantanal e coordenador nacional do programa "Biologia, Conservação e Manejo de Crocodilianos Brasileiros" do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Marcos Eduardo Coutinho.
(retirado do site: http://agenciaarbonito.com.br/noticias/bonito/pantanal-fazendas-pantaneiras-ja-criam-150-mil-jacares-em-cativeiro, artigo “Pantanal: Fazendas pantaneiras já criam 150 mil jacarés em cativeiro” de 2006)


Para finalizar...
(fazendo graça)

Receita de Jacaré Ensopado do Pantanal
 
                                              Fonte da imagem: festivaljoaquimegidio.com.br

Essa é uma receita do Mato Grosso do Sul.
 
A carne de jacaré tem gosto que lembra a carne de peixe e a textura que lembra a carne de frango.
A sua carne é muito apreciada na regi
ão, e cada vez mais encontra seu espaço no resto do país.
Mas é sempre bom lembrar que a carne de jacará só pode ser comprada de fornecedores autorizados ;-)

Ingredientes

- 1,25
 kg de carne da cauda do jacaré
- 2
 limões
- 1
 cebola em rodelas
- 2
 dentes de alho espremidos
- 2
 pimentas-de-cheiro
- 3
 tomates maduros sem pele
- 1/2
 xíc. de óleo de milho
- 1/2
 maço de salsinha picada
- 1/2
 maço de cebolinha picada
- sal a gosto

Preparo

Corte a carne de jacaré em postas médias. Lave e escorra.
 
Tempere com sal e com o suco do lim
ão. Deixe marinar por 30 minutos.
Em uma frigideira grande, esquente o óleo e coloque o jacaré para fritar. 
Quando estiver dourado retire da frigideira e reserve. 
Utilizando a mesma frigideira, coloque a cebola + alho +
 pimenta-de-cheiro + tomates + salsinha + cebolinha.
Deixe cozinhar por 8 minutos e junte as postas de jacaré .
 
Cozinhe por mais 15 minutos, aproximadamente, ou até que a carne do jacaré fique macia e o molho espesso. Sirva quente.
Pronto!

Receita retirada do site:

Textos retirados dos sites: